CONHEÇA ELIANA FONSECA

Eliana Fonseca é chamada de multimídia, pois navega com facilidade entre vários meios. Algumas de suas características principais são o seu bom humor e energia, sempre exaltados pelos seus pares, seja na vida ou no trabalho.

Eliana nasceu em São Caetano do Sul, filha de Adélia Oracio da Fonseca de ascendência húngara e do português Antonio Gonçalves da Fonseca. Ambos tecelões. Seu pai, além de operário era também palhaço e ator amador. E foi com ele que, aos 8 anos, subiu a primeira vez num palco para um número circense onde interpretava o palhaço Batatinha. Desde então não houve lugar que a deixasse mais feliz e realizada.

Aos 13 anos entrou para um grupo amador na sua escola, que tinha a direção do ator Roberto Cordovani. Aos 14, produziu e atuou na sua primeira peça profissional, Os grilos da formiguinha, escrita e dirigida por Roberto. Depois foi trabalhar com Pedro Mattos, no grupo de teatro amador Anhangá da faculdade Anhembi–Morumbi.

Foram seus companheiros de cena que a convenceram prestar a EAD (Escola de Arte Dramática), uma vez que ela já estava cursando cinema na ECA/USP. E entre um curso e outro, ela foi descobrindo, experimentando e pesquisando a atuação no palco e nas telas.

Como era a única atriz no curso de cinema, acabou protagonizando a maioria dos exercícios de seus colegas de curso, enquanto isso focava seu olhar de diretora no trabalho dos atores.

Durante os anos de universidade, produziu e atuou em diversas montagens teatrais e produziu, escreveu e dirigiu alguns curtas. Sua peça de formatura na EAD foi O gosto da própria carne, de Albert Inauratto, com direção de Roberto Lage, com a qual concorreu a todos os prêmios de atriz revelação do ano e o testemunho de quem assistiu a montagem é o de que foi uma das mais contundentes interpretações do teatro paulista.

Já seu curta de conclusão da ECA, foi uma animação com bonecos em massa de modelar, Frankstein Punk, que fez em parceria com o então animador Cao Hamburger. Esse trabalho também lhe rendeu vários prêmios aqui e no exterior e é considerado por muitos um curta clássico do cinema paulista.

Já nessa época havia iniciado seus trabalhos como atriz e diretora na TV Cultura, em programas como SOS Português e Revistinha. A TV Cultura foi, sem dúvida, a sua escola de televisão.

E desde então não parou mais. E como fez e faz coisa essa mulher! Chegou a ter uma coluna de humor no suplemento adolescente ZAP! do Estadão, dirigiu comerciais para Side A By Side e foi garota propaganda das Lojas Arapuã durante 1 ano e meio.

Na TV, Eliana também trabalhou por anos nas manhãs da TV Bandeirantes, com quadros de humor, bricolagem, conserto de automóveis e até programas culinários. Fez vários programas de humor, escreveu e atuou nos primórdios do Casseta e Planeta, participou do Você Decide, Os Normais, A Grande Família, fez 2 novelas, dirigiu seriados médicos e principalmente programas infanto-juvenis. Escreveu e atuou no Gincana Estrela, dirigiu a primeira temporada do Play House Disney, foi diretora de criação do Zapping Zone, roteirizou Galera na TV e dirigiu e atuou nos consagrados Rá-Tim-Bum e Castelo Rá-Tim-Bum, entre muitos outros. Quem não se lembra da Cacilda, com seus cabelos azuis e nariz verde, ou da Babá do Nino?

Quando sua filha Luiza nasceu, resolveu que queria passar mais tempo em casa e ficou dois anos trabalhando apenas como roteirista e script doctor. Logo depois começou a fazer a direção artística do nacionalmente conhecido espetáculo de Natal em Curitiba no Palácio Avenida. Ficou por 12 anos no cargo.

Nesse período teve seu segundo filho, Antonio, e foi com ele na barriga que dirigiu seu primeiro longa metragem, Ilha Rá-Tim-Bum: o Martelo de Vulcano.

Depois dele vieram Coisa de Mulher, Eliana em o Segredo dos Golfinhos, e o completamente inusitado 13 Andares, que foi totalmente produzido com os alunos da EAD e do curso do Audiovisual da ECA/USP.

Esse sonho de fazer um trabalho interdisciplinar era antigo, da época em que ela própria frequentava simultaneamente os dois cursos. Eliana aproveitou o convite feito pela Escola de Arte Dramática para ministrar aulas de interpretação para a câmera e fez um convite a ECA para que os alunos do audiovisual formassem uma equipe para a realização de um filme. Com um processo de investigação inédito, voltado para a figura do ator como autor criador, o longa resultou não só em um excelente produto audiovisual, como um instrumento de pesquisa de criação e produção.

E é justamente por esse seu lado investigativo que há 12 anos Eliana atua como professora da Universidade Senac, nas cadeiras de direção, direção de atores e na de roteiro no curso de pós-graduação.

E por acreditar que a educação é um dos principais pilares de uma sociedade mais justa e democrática é que idealizou o projeto É Nóis na Fita, curso de cinema gratuito para jovens de periferia entre 15 e 20 anos, que está no seu quarto ano e já produziu mais de 30 curtas e recebeu mais de 400 alunos.

Além disso ainda faculta oficinas de formação para atores e é coaching de comunicação para executivos.

E se você tiver uma boa ideia, é só procurá–la, que certamente em breve estará fazendo parte dessa biografia.

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